sexta-feira, 2 de março de 2012

História, Memórias e Curiosidades

Do Brejo de São João a Seropédica
Com a morte de Cristóvão Monteiro,o ouvidor do Rio de Janeiro, sua esposa Marquesa Ferreira, em 7 de dezembro de 1589, doa a seu pedido parte das terras aos jesuítas, ficando como herança para a sua filha, Catarina Monteiro, a outra parte das terra que, em 30 de maio de 1612, foram transferidas aos jesuítas em troca de terras em Santo Amaro (Bertioga,SP).
Os jesuítas adquiriram uma extensa quantidade de terras que era conhecida como Brejaes de São João Grande, por ali ocorrer grandes alagadiços. Hoje essa área inclui os municípios de Santa Cruz, Campo Grande, Seropédica, Itaguaí, Mendes, Nova Iguaçu, Paracambi, Japeri, Engenheiro Paulo de Frontin, Piraí, Rio Claro, Vassouras e Volta Redonda . E com o intuito de catequizar os índios da região, os jesuítas se instalaram em terras localizadas entre os rios Tinguaçu e Itaguaí, mas algum tempo depois, perceberam que existiam terras mais eficazes para o aldeamento, como a Fazenda de Santa Cruz, posteriormente Itaguaí, que localizava-se mais próxima do mar, para onde se deslocaram, construindo em 1729 um templo dedicado a São Francisco Xavier.
Então, em 25 de outubro de 1729, os jesuítas ao incubirem uma equipe liderada por Manoel Maia da Hora para medir toda a propriedade, localizaram um vilarejo conhecido como Bananal. Tal vilarejo adquiriu visibilidade por torna-se passagem a região de Vila Rica, atual Ouro Preto, onde houve a descoberta de ouro. Posteriormente, transformou-se em alternativa para retirada do mesmo sem passar pelos postos de controle da coroa portuguesa através de uma pequena estrada que ligava o caminho velho de São Paulo (que deu origem a Rio-São Paulo). Estrada essa, que ficou conhecida como caminho das minas do Guandu, pois se acreditava que nas serras próximas havia ouro. Isto fazia do lugar uma importante rota de aventureiros em direção as Minas.
Em 1817, foi construída a capela de Nossa Senhora da Conceição, no Bananal, em terreno doado por Francisco do Amor Divino e Maria Rosa do Nascimento Pereira de Souza. Também foram doados terrenos para a construção de um cemitério e de um logradouro público.
Já em 1818, a região da Fazenda de Santa Cruz, agora aldeia de Itaguaí, passou a denominar-se São Francisco Xavier de Itaguaí, pois foi elevada a categoria de vila, formada por Itaguaí, Bananal e Paracambi.
Em 20 de maio de 1842 o povoado de Bananal foi elevado à categoria de Curato com a denominação de Nossa Senhora da Conceição do Bananal por Decreto Provincial n° 398 . E em 1851 o Curato tornou-se Distrito com o nome de Bananal, por lei provincial nº 549, subordinado ao município de São Francisco Xavier de Itaguaí por decreto estaduais nº 1, de 08-05-1892 e nº 1-A, de 03-06-1892 quando o mesmo foi elevado a condição de cidade denominando-se Itaguaí.
Em 1924 pela lei estadual nº 1801 o distrito de Bananal passou a chamar-se Padioba e pela lei estadual nº 2069, de 29-11-1926 o distrito de Padioba passou a denominar-se Seropédica.
Já em 1938, deu-se início a construção da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, fazendo uso de um dos prédios da antiga fábrica de seda em Seropédica, e em 1948 deslocou-se definitivamente para as margens da antiga rodovia Rio São Paulo, atualmente BR-465, dando início à urbanização de Seropédica. Então em 1995, por meio da lei estadual nº 2446 de 12 de outubro do mesmo ano, Seropédica tornou-se um município autônomo com sede em seu antigo distrito, sendo inaugurada em 01 de janeiro de 1997 .
Fontes:
IBGE, 2000;
Jornal Athon apud Jornal Seropédica, 2007;
Jornal Seropédica
Juventude Cidadã de Seropédica

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