terça-feira, 8 de novembro de 2011

História, Memórias e Curiosidades


A Pequena Imbatível



 Na década de 60, pesquisadores descobriram que um animalzinho bem pequenino, com dois centímetros de diâmetro, para ser mais exato, que ocupa a área hoje conhecida como Floresta Nacional Mário Xavier (Flona), numa extensão de 4,9 milhões de metros quadrados. Da família Leptodactylidae, é uma perereca, um anfíbio que se reproduz somente nesta área. Seus habitats naturais são florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude com água doce.
 Por não se reproduzir em nenhum outro local, esta espécie está listada desde 2003 em extinção por estar perdendo seu habitat natural. Por estes fatores, a construção do Arco Rodoviário que ligaria Itaboraí ao Porto de Itaguaí, passando por Seropédica, orçada em R$ 1 bilhão, foi embargada pelo Ministério do Meio Ambiente, pois seria necessário destruir 80 mil metros quadrados da área ocupada pelo anfíbio. 
  Apesar de não ter um nome popular oficial, os operários das obras já a batizaram de Norminha, como a personagem polêmica da novela “Caminho das Índias”, provando também a todos que o ditado “Tamanho não é documento.” é verdade.     

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DIA NACIONAL DA CULTURA


"Gostaria de fazer uma poesia mas vou deixar uma mensagem, para que este dia 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura, fique na lembrança de todos e que certamente irá refletir na dignidade e na altivez do olhar, na atitude daqueles que preservam a Cultura e as Tradições Brasileiras. 
Neste Dia quero que toda a Brasilidade seja respeitada não como  uma coisa que pode ser anestesiada num estado de inércia como uma cena estática, uma pintura e sim que ela seja lembrada com muitos sons, danças e ritmos e sobretudo com exercício de cidadania
Nossa teia está formada. 
Essa é a minha homenagem a todos os Artistas em especial aos Artistas de Seropédica.
Uma das finalidades da Cultura é a beleza. A Cultura permite que a Arte invada o corpo e a inteligência. A Arte exige tonalidade, cor, brilho, criatividade, o artista e o admirador. O princípio da arte é copiar o sentimento.
Atitude é a palavra de ordem!"

Nádia Maria Alvarez
Secretária da Cultura , Turismo, Esporte e Lazer

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Discurso de posse - Augusto Vargas (Presidente do Fórum de Secretários de Cultura da Baixada Fluminense)


por Augusto Vargas, sexta, 28 de Outubro de 2011 às 02:22


Antes de falar sobre o Fórum, quero agradecer a Deus pelas oportunidades que tenho tido, ao prefeito Sérgio Sessim pela confiança e o carinho demonstrado no dia a dia do nosso trabalho, e ao apoio irrestrito que venho recebendo de minha família, e de meus amigos, nesses dois anos e meio, à frente da Secretaria de Cultura de Nilópolis.

Agradecer ao Deputado Federal Simão Sessim, pela sensibilidade e o empenho em tudo que se refere às coisas da cultura, e que é, sem dúvida alguma, junto com o prefeito, responsável pelos avanços significativos na implantação de uma nova maneira de se olhar a política cultural em nossa cidade.

Agradecer também, ao companheirismo e o elevado espírito público dos secretários municipais de cultura, membros deste Fórum de Secretários de Cultura da Baixada Fluminense. E convidar o vice presidente do Fórum Andersom Batata Secretário de cultura de Nova Iguaçu e a Secretária Geral Nadia Alvares secretária de Cultura de Seropedica que formam esta primeira presidência eleita de maneira consensual e unânime.

Externar a dimensão da criação deste Fórum não é uma tarefa fácil. Levando-se em conta o que representa a Baixada Fluminense nos mais variados aspectos, cultural, social, humano, econômico e político, nos deparamos com um gigante capaz de definir, desde que saiba a força que possui, os destinos de nosso estado.

Para que isso aconteça, é necessário que aja organização e articulação. Em nosso DNA está presente, como herança de nossos antepassados, o nosso potencial de planejamento e o estado de alerta, o que fez com que a humanidade primitiva não sucumbisse diante dos grandes predadores e de todos os outros perigos. Ao longo do tempo o desenvolvimento cultural nos fez refletir que sempre podemos transformar para melhorar.
Vivemos em uma região com quase 4 milhões de habitantes, com um patrimônio cultural riquíssimo, celeiro de talentos que coloca o Estado do Rio de Janeiro em posição de destaque diante do mundo.

A casa da Fazenda São Bernardino em Nova Iguaçu, a Igreja do Pilar e a Fazenda de São Bento em Duque de Caxias, a igreja matriz de N.S da Conceição em Queimados, a antiga fabrica de tecidos Brasil Industrial em Paracambi, a capela de N.S da Conceição e a igreja de N.S. da Ajuda em Guapimirim, a casa do Embaixador em São João de Meriti, a Capela São Mateus e a Sinagoga Israelita em Nilópolis, a sede da Fazenda do Brejo em Belford Roxo, as sedes das fazendas São Filipe e Dona Eugenia e a chaminé da Fabrica de Materiais de construção Ludolf & Ludolf em Mesquita, a Igreja N.S da da Piedade, o Porto de Estrela em Mage, a estação ferroviária de Japeri, a Universidade Rural e a Fábrica de Seda que deu o nome a Seropédica, a igreja jesuítica de São Francisco Xavier em Itaguaí, são exemplos do engenho de nossos antepassados e retratam a nobreza dessas terras , encravadas, como pedra preciosa, entre o mar e as montanhas fluminenses.

A exuberância da mata atlântica, preservada na Reserva Biológicas do Tinguá e nos Parques Naturais de Nova Iguaçu e Mesquita, o parque nacional da serra dos órgãos em Guapimirim e Mage, e do Gericinó em Nilópolis, impressionam os que enchem os pulmões com o ar puro da Baixada Fluminense.

No campo da imaterialidade podemos citar os terreiros de Umbanda e de Candomblé, que chegam a superar, em número, até mesmo os da cidade de Salvador na Bahia, as Quadrilhas juninas, as Folias de Reis, os tapetes de Corpus Christi, a Festa do Divino, o carnaval, com destaque para os blocos de embalo e as escolas de samba que dão projeção internacional para região, como a Leão de Iguaçu, Inocentes de Belford Roxo, a Grande Rio e a Beija Flor de Nilópolis, varias vezes campeã do carnaval carioca. As manifestações da dança , da música, da capoeira, da literatura, do teatro, das artes plásticas, do artesanato, do cinema destacando o cineasta Marcelo Marão ganhador de diversos prêmios internacionais de animação pelo mundo a fora, são alguns dos muitos exemplos que constatam a importância e o grande potencial cultural da Baixada Fluminense para o estado, para o Brasil e para o mundo.

Lamentavelmente boa parte destes patrimônios se encontram em situação de risco eminente, grande parte por descaso e falta de políticas públicas.

Um grande desafio para este Fórum de Secretários, juntos com seus respectivos Prefeitos, o Estado e a União, é criar mecanismos para redirecionar o rumo do desenvolvimento econômico, aliando a ele, a preservação do patrimônio e o investimento em cultura, o que contribuirá, temos certeza, para desfazer o estigma de região miserável e violenta que a grande mídia ainda nos impõe.

Em reuniões sistemáticas este Fórum se debruçou sobre as diretrizes apontadas em nossas conferências municipais,e traçamos algumas estratégias prioritárias, tais como:

A construção de equipamentos de cultura, de caráter regional, financiados e gerenciados em parceria com a União e Governo do Estado;

Investimentos diretos ou intermediação da Secretaria de Estado de Cultura e do Ministério da Cultura na criação, ampliação e reforma de espaços culturais da região;

Continuidade e ampliação de programas de apoio a cultura para a região;

Criação de contrapartidas obrigatórias das grandes empresas, que fazem uso das leis de renúncia fiscal, para investimentos culturais na Baixada Fluminense e outras regiões do interior do estado.

Realização de programas e projetos municipais, estadual e federal, que tenham como meta, a capacitação e a ampliação da oferta de trabalho e renda de agentes culturais;

Buscar que os investimentos em cultura, do Estado e da União, na Baixada Fluminense sejam de fato, instrumentos de desenvolvimento humano, e para isso é necessário que eles sejam, no mínimo, proporcionais ao recolhimento dos nossos impostos.

Desenvolvimento de ações transversais de combate a miséria e a violência, entendendo sua origem, não atuando somente com ações paliativas, observando que ninguém se torna violento e miserável de uma hora pra outra, iniciando assim um processo, atuando na sua fonte. Essa proposta deve ser em caráter emergencial, levando-se em conta os grandes eventos internacionais que o Estado do RJ receberá, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Devemos lembrar também, da primeira conquista desse Fórum. Ao provocar o Estado na solicitação de investimos para a região, conseguimos o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro (PADEC), parceria da Secretaria de Estado de Cultura com o Ministério da Cultura, e que mesmo tendo sido um investimento de pequeno porte, tem um sentido simbólico bastante relevante, devendo ser olhado como o início de um novo tempo e o resgate de uma dívida contraída por décadas de omissão e descaso.

Por fim, dizer acreditar que através da nossa organização e articulação, este fórum trabalhará muito para que seja realizado o consórcio regional de cultura que ampliará as possibilidades de ações de maneira bastante significativa, permitindo que a população da Baixada Fluminense atinja a cidadania plena, se apropriando definitivamente de seu destino para que possa ser mais feliz, e desta forma nós, atuais gestores, saudaremos uma divida de décadas de desatenção com a honrada região da Baixada Fluminense.

Muito obrigado.


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